Desparasitação

Desparasitação interna

Uma desparasitação interna regular é de extrema importância até porque são parasitas que podem ser transmitidos aos humanos. O problema de uma pessoa engolir um pêlo do animal não está no pêlo em si, mas antes no que pode ir agarrado ao pêlo, nomeadamente os ovos de certos parasitas.

É importante fazer um esquema de desparasitação em cachorros e gatinhos jovens, porque estes “herdam” vermes redondos das mães, mesmo que estas tenham sido desparasitadas. Em adultos, a desparasitação deve ser feita pelo menos três vezes por ano, recorrendo à utilização de desparasitantes de largo espectro de acção (eficazes tanto contra vermes redondos como ténias).

Como administrar um comprimido ao animal?

Há várias técnicas:

  • Escondido numa guloseima que o animal adore. Deve ser dado com um pouco de alimento e só se dá o resto da refeição depois de ter a certeza que o animal já engoliu o comprimido.
  • Dado directamente na boca. Se a pessoa for dextra, deve agarrar o maxilar do cão/gato com a mão esquerda. Fazer pressão sobre os lábios contra os dentes. Isso vai fazer com que a maioria dos cães e gatos abram a boca. Agarre o comprimido com a não direita e, com essa mesma mão, puxe a mandíbula para baixo. Coloque o comprimido o mais atrás possível na língua. Fechar a boca do animal e estimulá-lo a engolir fazendo uma massagem na garganta.

Desparasitação externa

Os parasitas externos mais frequentes são as pulgas e as carraças. Tanto um como outro podem originar muitos problemas de saúde.

Pulgas – frequentemente causadoras da chamada dermatite alérgica à picada da pulga. É uma situação em que o animal faz alergia, por vezes bastante grave, à saliva da pulga. A pulga também pode ser responsável pela transmissão de ténias, um parasita interno que depois pode ser transmitido para as pessoas.

Carraças – podem ser responsáveis pela transmissão de vários tipos de parasitas sanguíneos causadores da vulgarmente chamada “febre da carraça”.

Tanto as pulgas como as carraças, se forem em número suficiente, também podem causar anemias pelo facto dos parasitas ingerirem uma grande quantidade de sangue.

A maneira mais fácil, e eficaz, de eliminar estes parasitas é recorrer à aplicação dos chamados “spot-ons” ou pipetas. São umas gotas que se aplicam na parte de trás do pescoço uma vez por mês tendo o cuidado de não dar banho ao animal nas 48 horas antes e 48 horas pós tratamento (na maioria das pipetas). Convém usar sempre pipetas de última geração porque os parasitas externos têm uma excelente capacidade de se adaptarem e criarem resistência aos produtos.

NUNCA se deve usar pipetas de cão em gatos, pois muitas delas são bastante tóxicas para gatos, podendo mesmo levar à morte.

Como aplicar uma pipeta?

Aproveitar um momento em que o animal se encontre calmo. Há noite costuma ser uma boa altura. Evitar aplicar o produto recorrendo à utilização da força, pois isto vai dificultar os futuros tratamentos.

Com a pipeta já aberta, abrir o pêlo do animal na parte de trás do pescoço até ver a pele. É importante que o líquido seja depositado directamente na pele e não no pêlo.

Aplicar devagar para não correr o risco do líquido escorrer para o lado. Pode ser aplicado ao longo de todo o pescoço evitando aplicar em pontos onde o animal consiga chegar com a língua.